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Vilela iniciará anúncio do secretariado após a diplomação do próximo dia 17

Principais nomes da nova equipe já ocuparam cargos na prefeitura e contribuem com experiência para os passos iniciais da gestão

O prefeito eleito em Aparecida, Leandro Vilela (MDB), já tem definições antecipadas para o seu secretariado, mas só deve anunciar os primeiros nomes após a cerimônia da diplomação, prevista para a próxima terça-feira, dia 17.
Em Aparecida, a Justiça Eleitoral entregará o certificado legal que oficializa a condição de eleitos ao prefeito, vice-prefeito, 25 vereadores e seus respectivos suplentes eleitos em outubro último em um ato solene às 10h da manhã, no Anfiteatro Municipal Cantor Leandro, no Setor Residencial Solar Central Park.
Ao contrário de Sandro Mabel em Goiânia, que acertou com o prefeito Rogério Cruz o encaminhamento de um projeto de reforma administrativa à Câmara Municipal para ser votado ainda neste ano, e, portanto, iniciará sua gestão dentro de uma nova estrutura para a sua equipe de auxiliares, Vilela pretende assumir, primeiro, tomar conhecimento da realidade da prefeitura e só a partir daí propor, se for o caso, mudanças nas pastas existentes.
Vilela aguardará a conclusão dos trabalhos de uma consultoria especializada em gestão municipal que ele pretende trazer para Aparecida – o Instituto Áquila, de Belo Horizonte, com atuação internacional e ampla expertise em assuntos municipais, encarregado de avaliar a prefeitura e quem sabe propor uma nova estrutura administrativa.
É certa a presença na equipe de Vilela de figuras como o procurador-geral do município, Fábio Camargo; o secretário de Saúde, Alessandro Magalhães; o ex-secretário de Comunicação Ozéias Laurentino; o secretário municipal do Trabalho e genro do Pastor Romeu, Jeferson Ferreira; o ex-secretário de Administração e presidente municipal do União Brasil em Aparecida, Arthur Henrique Braga; e a professora Núbia Farias, coordenadora regional de Educação do Estado de Goiás.
Ainda não está definida a posição do ex-prefeito Gustavo Mendanha nesse contexto. Admite-se como hipótese mais certa que Mendanha será convidado para o secretariado do governador Ronaldo Caiado, com a sua mulher, Mayara, sendo indicada para a Secretaria de Assistência Social da prefeitura aparecidense.
De resto, além de Mendanha, o vice-governador Daniel Vilela também deverá ter peso na composição do secretariado de Vilela. Mendanha, a propósito, já disse que a nova equipe deverá ser formada com nomes experientes e historicamente ligados ao grupo governista de Aparecida.

Expectativas são de renovação e espaço para mulheres

Um desafio será central no processo de formação do secretariado do novo prefeito de Aparecida, Leandro Vilela: conciliar os interesses das lideranças que o apoiaram para vencer a eleição com a expectativa de renovação que o seu nome criou para a política e a administração pública aparecidenses.
Alinharam-se com a campanha de Vilela, de forma incisiva, nomes que atuam na prefeitura em alguns casos há mais de 20 anos e tiveram conexões com praticamente todas as gestões do passado recente, inclusive a de Vilmar Mariano – adversário de Vilela.
Por outro lado, o prefeito eleito venceu com um significado de combate à “velha política” e de reorientação da prefeitura para prestar serviços com mais eficiência à população. Em especial, obteve enorme destaque a promessa de defesa e valorização das mulheres, que foram essenciais para a virada de Vilela sobre o adversário Professor Alcides.
Ficou celebrizado um mote que o então candidato do MDB usou com frequência: a sua seria “uma administração com e para elas”. É algo que não tem volta e que, se Vilela cumprir, será de fato um divisor de águas na história de Aparecida.

Fortaleza vai enfrentar Gilsão e tentar o 3º mandato

O atual presidente da Câmara Municipal de Aparecida, André Fortaleza, não desistiu de tentar o 3º mandato, apesar de recolhido aos bastidores e de não falar em público sobre as suas verdadeiras intenções.
Para a próxima Legislatura, há vereadores que se elegeram pela base do futuro prefeito Leandro Vilela e articulam para chegar ao cargo. O mais cotado é Gilsão Meu Povo, do MDB, mesmo partido de Vilela, vereador que cumprirá o 4º mandato, foi o mais bem votado no pleito deste ano (3.841 votos) e se destacou, na campanha, como um dos mais fiéis e ativos cabos eleitorais de Vilela.
Mas vereadores como Tatá Teixeira (União Brasil), o 2º mais votado (3.830), e Camila Rosa (União Brasil), esta se baseando na condição de única mulher a se sentar em uma das 25 cadeiras da Câmara aparecidense, também estão interessados na presidência.
Vilela tem dito que não irá interferir. É uma declaração formal, no entanto. Não há governante que não tenha o máximo interesse em ver um aliado como presidente de um poder cuja condução terá reflexos na ação do Executivo, como instituição fiscalizadora e sancionadora de todos os atos a serem praticados pela Prefeitura, no caso, de Aparecida.
É por isso que as melhores apostas se concentram no nome de Gilsão Meu Povo. Gilsão já se mexeu e tem alinhados com o seu nome entre 10 e 12 vereadores – número que beira, mas não constitui uma maioria. Além disso, se houver uma disputa e não um consenso em torno do novo presidente da Câmara, isso pode deixar sequelas negativas para a estabilidade da gestão de Vilela.
Fortaleza não diz uma palavra sobre mais um mandato, porém já anunciou que, mesmo integrando o PL, partido que bancou a candidatura adversária do Professor Alcides, já se considera como membro da base de Vilela e que pretende apoiar sem restrições o novo prefeito.
Na cabeça dele, foi um primeiro passo. Ele agora aborda os vereadores nos bastidores e se preocupa em arregimentar simpatia até mesmo entre os poucos ligados ao prefeito Vilmar Mariano, até antes da campanha, o seu maior desafeto político.
Na semana passada, Fortaleza defendeu Vilmarzim de críticas no plenário da Câmara, em um aceno claramente voltado para atrair o apoio do prefeito para a busca do 3º mandato. Sem o apoio de Vilela, ele não tem alternativas a não ser conspirar para conquistar os votos ligados ao atual prefeito e prospectar eventuais insatisfeitos tanto com Vilela quanto com Gilsão Meu Povo.
Vereadores, de um modo geral, costumam ter exigências em termos de cargos e obras que muitas vezes o Poder Executivo não consegue atender. Ao mesmo tempo, com a caneta na mão, mesmo em resto de mandato, Fortaleza imagina que possa ter alguma influência e provocar uma virada de expectativas na Câmara.
Difícil, sim. E pior: ele, ostensivamente, estaria se posicionando contra a nova gestão ao tentar se impor como candidato a presidente sem o aval do prefeito eleito.

MATÉRIA: Diário de Aparecida.

 

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