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Geração Z está sendo demitida em poucos meses, por ser desmotivada e não profissional

Mundo – Após quase dois anos reclamando que os jovens da Geração Z são difíceis de gerenciar, os empregadores deixaram de apenas criticar: agora estão demitindo funcionários recém-contratados em questão de meses quando o desempenho não atinge as expectativas.

Segundo um relatório da Intelligent.com, plataforma dedicada a orientar profissionais no futuro do trabalho, 60% dos gestores norte-americanos já demitiram recém-formados contratados nos últimos meses.

A pesquisa, que entrevistou quase 1.000 líderes nos Estados Unidos, aponta que as falhas da turma de 2024 podem prejudicar as chances de contratação dos próximos graduados.

Fatores que levam às demissões

A principal queixa dos empregadores é a falta de motivação ou iniciativa – 50% dos líderes citaram isso como razão para as demissões. Outros motivos incluem:

  • Falta de profissionalismo;
  • Desorganização;
  • Habilidades de comunicação deficientes.

Líderes também relataram desafios concretos:

  • Atrasos frequentes no trabalho e em reuniões;
  • Roupas inadequadas para o escritório;
  • Linguagem informal em ambientes profissionais;
  • Dificuldade em lidar com a carga de trabalho.

Mais da metade dos gestores concluiu que os recém-formados não estão preparados para o mercado. Além disso, 20% afirmam que eles não conseguem acompanhar as demandas.

O que pode ser feito?

Diante desse cenário, algumas universidades começaram a agir. A Michigan State University, por exemplo, está ensinando alunos a identificar sinais de tédio em conversas profissionais, enquanto uma escola de ensino médio em Londres testa jornadas diárias de 12 horas para simular a rotina adulta.

Quando questionados sobre o que tornaria os recém-formados mais atrativos para o mercado de trabalho, os líderes empresariais foram claros: uma atitude positiva e mais iniciativa.

Huy Nguyen, conselheiro de educação e desenvolvimento de carreira da Intelligent, orienta os recém-formados da Geração Z a observarem como os colegas de trabalho interagem para entender a cultura da empresa, especialmente ao ingressar em um novo ambiente. Com isso, fica mais fácil identificar a melhor forma de se engajar com as pessoas.

“Seja proativo, faça perguntas inteligentes, busque feedback e use-o para demonstrar seu desejo de crescer profissionalmente”, diz Nguyen.

Andy Jassy, CEO da Amazon, recentemente compartilhou que parte significativa de seu sucesso nos últimos 20 anos se deve à sua atitude — e isso não é por acaso: líderes preferem trabalhar com pessoas otimistas.

Alguns líderes empresariais afirmam que, para os jovens, uma postura positiva pode ser mais valiosa no ambiente de trabalho do que um diploma universitário. Richard Branson, fundador da Virgin, tem defendido há anos que os jovens troquem a universidade pela “escola da vida”. Mark Zuckerberg, CEO da Meta, também enfatizou que, em muitos casos, a personalidade e o talento natural superam as credenciais formais.

David Meads, CEO da Cisco no Reino Unido, é outro exemplo. Ele abandonou a escola aos 16 anos e afirmou à Fortune que “atitude e aptidão são mais importantes do que qualquer título ou qualificação.”

 

 

 

 

 

 

 

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