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Caiado cobra governo federal e defende punições mais severas para combater incêndios

Estado de Goiás está sem chuvas há cinco meses; governador afirma que apenas o reconhecimento da situação de emergência não é suficiente para solucionar o problema

O governador Ronaldo Caiado voltou a destacar, em entrevista concedida na manhã desta terça-feira (17/9) à Rádio Guaíba, que Estados e União devem trabalhar de forma conjunta para combater incêndios. Também defendeu autonomia para modificar a legislação e punir os infratores de forma mais dura. “Precisamos apresentar soluções viáveis, com diálogo entre os poderes, mas ao mesmo tempo resgatar prerrogativas dos estados. Há uma total omissão do governo federal, sem nenhuma medida prática”, criticou.

Para Caiado, apenas o reconhecimento pelo governo federal da situação de emergência nos municípios goianos não é suficiente para solucionar o problema. “O que o governo federal deveria ter feito era dizer que os estados podem furar o teto, se tiverem gastos com incêndio, e repassar verba para compra de caminhões e apoio na aviação”. “Quando essa verba chegar, já vai ser final de outubro e aí já teremos o início do período de chuva”, projetou.

À emissora do Rio Grande do Sul, o governador apresentou um panorama da seca em Goiás, que já dura cinco meses, assim como a mobilização das forças de segurança para prevenir e combater as queimadas. Nesse sentido, lembrou que foi enviado à Assembleia Legislativa um projeto de lei para tornar o incêndio criminoso crime passível de prisão sem direito à fiança, mas o texto foi considerado inconstitucional. “Estamos engessados diante das catástrofes”.

Na última segunda-feira (16/9), o gestor goiano já havia falado sobre o assunto com as emissoras de televisão BandNews TV e GloboNews. Em Goiás, somente neste mês de setembro foram registradas 898 ocorrências de incêndio florestal e 1.170 de incêndio urbano, o que equivale a um total de 2.068 ocorrências, de acordo com o portal Estatísticas, do Corpo de Bombeiros. Em todo o ano, o número de atendimentos chega a 10 mil.

Foto 1: Secom

Foto 2: CBM

 

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