São Paulo – O jogador da categoria sub-20 do Corinthians Dimas Cândido de Oliveira Filho, de 18 anos, disse à polícia que a jovem de 19 anos que morreu após ter quatro paradas cardíacas na noite desta terça-feira (31/1) começou a passar mal enquanto eles tinham uma relação sexual. Livia Gabriele da Silva Matos foi socorrida e levada para um pronto socorro no Tatuapé, na zona leste de São Paulo, mas não resistiu.
Segundo o tenente da Polícia Militar Lucas Sarri, que atuou na ocorrência, Dimas não demonstrou comportamento atípico enquanto aguardava no PS. “Todas as partes da ocorrência estavam tranquilas, ninguém estava alterado ou esboçando nenhum comportamento atípico”, afirma o PM ao Metrópoles.
“Ele alega que estavam tendo relações sexuais normais. Ela começou a passar mal, e aí ele acionou o Samu”, complementa Sarri.
Dimas Cândido de Oliveira Filho foi levado ao 30º Distrito Policial de São Paulo, onde prestou depoimento. O apartamento do atleta passou por perícia. No local, foram encontradas manchas de sangue. A jovem teria tido um intenso sangramento na região genital.
Quatro paradas cardíacas
Segundo o tenente da PM Lucas Sarri, Lívia foi reanimada três vezes antes de o óbito ser constatado.
“A gente foi acionado no pelotão noturno para verificar uma chamada no PS Tatuapé, que se tratava de uma menina de 19 anos que teve quatro paradas respiratórias seguidas, sendo uma no local, uma na viatura do Samu e duas no PS Tatuapé, evoluindo a óbito”, diz Sarri ao Metrópoles.
“Foram quatro paradas cardiorrespiratórias. Uma aconteceu no local, outra na ambulância e mais duas no PS. Em todas as vezes, houve reanimação e conseguiram restabelecer os sinais vitais”, conclui.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP)informou que a morte da jovem está sendo investigada pelo 30° DP (Tatuapé). Segundo as primeiras informações, a vítima passou mal e desmaiou na casa do jogador.
Dimas, então, “acionou o Samu e prestou os primeiros socorros”, segundo a SSP, mas a jovem morreu após quatro paradas cardíacas. A pasta informou, ainda, que havia manchas de sangue no apartamento. O local foi preservado para perícia.
O que diz Dimas
Em seu depoimento à Polícia Civil, Dimas apresentou a mesma versão: ele disse que mantinha relações sexuais com a jovem no momento em que ela passou mal. Ele afirmou que percebeu que a garota desmaiou e apresentava sangramento.
Em seguida, o atleta disse ter ligado para o Samu e sido orientado a fazer massagens cardíacas até a chegada da equipe médica. Ele também afirmou ter acompanhado o resgate da jovem na ambulância.
Em conversa com o Metrópoles , o advogado de Dimas, Tiago Lenoir, disse que o jogador e Livia se conheceram pelo Instagram há alguns dias e tiveram o primeiro encontro na noite dessa terça-feira.
“Ele confirmou que eles tiveram relações sexuais consensuais e com uso de preservativo”, disse o advogado. Segundo Lenoir, os dois não beberam e nem usaram drogas. “No local havia apenas cigarros eletrônicos levados por ela.”
De acordo com o advogado, ao perceber que Livia tinha desfalecido, o atleta ligou para o Samu, seguiu as recomendações para fazer a massagem cardíaca e acompanhou a jovem ao hospital.
“Ele ficou absolutamente consternado com a morte da jovem”, disse Lenoir. Após ser ouvido pela polícia, Dimas foi liberado. A defesa diz que, no momento, aguarda o desenrolar das investigações sobre o caso.
Em nota ao Metrópoles, o Corinthians informou estar “ciente dos acontecimentos que envolveram um de seus atletas da base”. O clube acrescentou que “aguarda a investigação dos fatos e está à disposição para colaborar com as autoridades e as famílias”.