O prefeito Rogerio Cruz que, assim que saiu o resultado das eleições, deu sinais de que queria abandonar o cargo com certa urgência. O cenário em Goiânia é de completo caos. Moradores enfrentam desde ruas tomadas pelo lixo até uma saúde pública que não dá sequer do básico. A ausência de Cruz é perceptível: os despachos em seu gabinete diminuíram drasticamente, segundo relatos de bastidores, enquanto a cidade sucumbe às suas próprias mazelas.
Enquanto isso, o prefeito eleito Sandro Mabel (União Brasil) já assume, na prática, o papel de liderança. Na manhã deste domingo (24), Mabel anunciou que se reunirá com sua equipe de transição e com o secretário de Saúde de Goiás, Rasível Santos, para tratar da falta de UTIs na capital. A crise é grave: na última semana, ao menos três pacientes morreram em unidades da rede municipal à espera de um leito de terapia intensiva.
Em um vídeo divulgado em suas redes sociais, Mabel afirmou ter conversado no sábado com o governador Ronaldo Caiado para buscar soluções urgentes. “Manifestei minha preocupação com as pessoas morrendo por falta de UTI”, declarou o futuro prefeito, destacando que a saúde da capital precisa de intervenções imediatas.
A postura ativa de Mabel contrasta diretamente com a apatia de Rogério Cruz. Ao mesmo tempo que Mabel já age como prefeito em exercício, Cruz parece ter se tornado uma figura decorativa na administração municipal, deixando a cidade à deriva.
Se Cruz já desistiu do mandato ou simplesmente nunca o abraçou de fato, resta ao goianiense apenas uma certeza: a cidade precisa de mudanças, e elas não podem mais ser adiadas.