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Tratamento de obesidade infantil pode ser prejudicado nas férias

Um docinho a mais, um café da tarde diferente e a fuga da rotina pode atrapalhar meses de tratamento. Dica de ouro é manter um equilíbrio

Que nas férias todos nós saímos da rotina, isso é um fato! Ainda mais neste final de ano, quando ainda nos deparamos com festas de Natal, Ano Novo, confraternizações, amigos secretos… e, assim, nossa dieta vai por água abaixo. Se para os adultos não é fácil manter a linha, para as crianças se torna ainda mais difícil, pois elas mudam a rotina de um dia inteiro.

Férias escolares, mais tempo livre, passeios mais frequentes e saídas com a família. Tudo isso faz com que os pequenos mudem, também, suas opções alimentares. Tal fato pode ser muito prejudicial para a criança que está em tratamento de obesidade, uma vez que a rotina interfere na adesão da terapia.

“O segredo é o equilíbrio”, endossa a endocrinologista pediátrica Marília Barbosa. A médica observa que “a comida faz parte da vida social também, não podemos nos esquecer disso – e isso também vale para as crianças em tratamento. Então, se não tiver contraindicação médica, um docinho nas férias, fora da rotina, pode, mas sem exagero”.

Apesar disso, a especialista continua “nas férias, é fácil perder o controle das ‘beliscadas’ entre as refeições. Mas precisamos ter cuidado! Um docinho aqui, um lanchinho ali e, de repente, a criança volta das férias com uns quilinhos a mais e com dificuldade para voltar à rotina alimentar”, pontua.

Então, para Barbosa, o segredo está no equilíbrio. Por isso, ela pontua algumas questões que podem ajudar no dia a dia:

. um docinho pode, mas precisa de moderação;

. priorize opções saudáveis e mantenha horários para lanches;

. não permita pular as principais refeições, como café da manhã, almoço e jantar;

. dê exemplos para as crianças: elas aprendem com o que observam.

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